Nos últimos anos, o modelo de trabalho tem ganhado novas características, com uma sociedade mais conectada do que nunca. Porém, uma combinação de fatores fez, muitas vezes, nos distanciar da segurança psicológica. Nos últimos dois anos, por exemplo, trabalhar remotamente fez estremecer os laços de confiança e conexão, inclusive pela chegada de novos colaboradores às equipes. Mas isso não tem relação apenas com a pandemia.
Para se ter uma noção, paralelamente a este cenário, um estudo recente de Harvard descobriu que 61% dos funcionários sentem pressão para “cobrir” alguma faceta de sua identidade, ou seja, não conseguem desenvolver suas opiniões com transparência ou até mesmo demonstrar seu verdadeiro eu, dentro dos ambientes corporativos.
A raiz deste problemático cenário é a falta de segurança psicológica nas empresas. A preocupação incômoda de que não somos tão inteligentes, informados ou competentes quanto deveríamos ser, ou como os outros podem pensar. O medo de não sermos bons o suficiente, ou simplesmente insuficientes, pode causar uma quebra de expectativa para com a cultura de pertencimento colaborativo.
Sobre isso, a professora de Harvard, Dra. Amy Edmondson, define que a segurança psicológica age como
“um senso de confiança de que a equipe não vai envergonhar, rejeitar ou punir alguém por se manifestar genuinamente”.
Imagem do acervo: Unsplash
No entanto, o que se vê na prática, em boa parte das empresas, ainda é uma cultura de “coerção e imposição” em vigor, que faz com que uma grande parcela dos funcionários se sintam culpados, pressionados e por vezes, influenciados negativamente a aderir a um certo padrão de comportamento.
Para tal, uma cultura que tenha por base o pertencimento permite que os funcionários se envolvam, se identifiquem com suas respectivas empresas, incorporando seus valores e propósitos. Isso passa pelo fato deles (colaboradores) poderem se expressar sem medo de fracasso ou retaliação, ajudando a criar um ecossistema diversificado, que corresponda a diferentes individualidades que somam-se e agregam ao coletivo.
Recentemente, a Tribo tem trazido esta temática tão urgente no mundo organizacional para o seu universo de jogos corporativos. O jogo do Protagonismo criado pelo Instituto Emana, parceiro da Tribo, proporciona uma experiência na qual as pessoas são levadas a entrar em contato com seus elos motivadores, suas desculpas verdadeiras e crenças limitantes; gerando consciência e compromisso tanto individual quanto coletivo na jornada protagonista do desenvolvimento como pessoas e time.
A cada fase, adentra-se numa jornada heróica em que se apresenta cara a cara os medos e preocupações de cada participante, e,assim, desafios inéditos aparecem ao vivo, transformando toda a percepção ao redor.
"Nessa parceria, o Instituto Emana e a Tribo trouxeram os setes elementos que sustentam um ambiente de segurança psicológica para o tabuleiro. Com fases que permitem adentrar na principal dor ou oportunidade do time dentro do tema, as pessoas entendem o seu próprio papel protagonista ao coconstruir esse ambiente que integra tanto uma alta segurança psicológica quanto uma alta performance",
A falta de segurança psicológica não é uma falha, nem um impulso. É um subproduto de uma cultura no local de trabalho em que os relacionamentos são meramente transacionais.
"Segurança psicológica sem alta performance não é saudável para o negócio e nem para as pessoas prendendo-as na zona de conforto, o inverso gera ansiedade e pode trazer resultados, porém que não se sustentam. Por isso, trabalhar essas duas frentes de maneira alinhada garante a sustentabilidade do negócio a partir da aprendizagem individual e organizacional"
A resposta para isso passa por estabelecer limites melhores, porém não para por aí. Pedir ajuda, acolher a diversidade, encarar e lidar com os erros e problemas são alguns dos fatores que irão impulsionar esse ambiente de segurança psicológica que será um terreno ainda mais fértil para crescer os resultados.
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